Contribuição do Prof. Giuliani, texto original aqui.
O profissional de marketing precisa entender o consumidor, compreender os indivíduos e os grupos com perfis semelhantes, para poder elaborar uma estratégia de marketing. Hoje o profissional de tecnologia deve ser ativo e participante nas decisões de negócios do futuro da empresa, sua presença e conhecimento são itens fundamentais para que o marketing consiga ter agilidade na compreensão do consumidor.
A forma como o consumidor utiliza seu poder de compra mudou, sua decisão de compra não ocorre apenas no momento da venda, por influência do vendedor. A publicidade tradicional e invasiva não consegue comunicar com a nova geração.
Steve Jobs disse uma vez: “As pessoas ligam a televisão quando querem desligar o cérebro”, concordo que às vezes é bom desligar. No seu programa de estreia em agosto, Fabio Porchat na TV Record mostrou a dificuldade que a geração millenium tem para interagir com esse meio de comunicação.
Em plena era da informação, da interatividade, do conteúdo gerado pelo usuário, das redes sociais, dos aplicativos mobile. Mesmo quando estão ligados, os nossos cérebros estão cada vez mais treinados para ignorarem anúncios.
É na hora do intervalo que escolhemos para ir ao banheiro, ou seja, nesse momento recebemos a mensagem para não prestar atenção nisso. Não sou contra a publicidade na TV, mas chamo a atenção para repensar nas ações estratégicas.
Na internet acontece a mesma coisa, os olhos dos consumidores estão ficando bons em ignorar banners. Influenciado pelas redes sociais, o consumidor de hoje está mais consciente do seu poder de compra, e procura sempre se informar e conhecer o que está consumindo antes de tomar qualquer decisão.
Acompanhando esta tendência, o objetivo do marketing de conteúdo é planejado para aumentar a visibilidade da empresa, atrair a audiência certa e ganhar a confiança do consumidor. O marketing de conteúdo é alcançar os consumidores por meio de conteúdos de qualidade, em diferentes formatos e canais, de forma que desperte empatia, leve conhecimento ou simplesmente divirta as pessoas.
Seu foco reside na criação e distribuição de conteúdo de valor, relevante e consistente, para atrair e reter um público claramente definido, tornando-o um cliente rentável. Este conteúdo pode assumir diversas formas como notícias, vídeos instrutivos, white papers, ebooks, posts de blog, guias, artigos, perguntas e respostas, imagens, entre outros.
Para o marketing de conteúdo a regra dos 80/20 do economista Vilfredo Pareto é valida para provar que, para muitos fenômenos, 80% das consequências advêm de 20% das causas. Recomenda-se que as empresas repensem seus investimentos em marketing para produção de conteúdo. Distribuindo em um mix de fotos, vídeos, textos, livros, filmes, teatro.
Adaptar o conteúdo e a linguagem utilizada para o canal é muito importante, cada vez mais pessoas acessam a internet através de telas pequenas. Para a produção do conteúdo deve observar o tipo de comportamento e canal.
O conteúdo deve ser responsivo, ou seja, deve se adequar aos diferentes dispositivos usados pelos visitantes. Não esquecer que as pessoas estão cada vez mais ocupadas, bombardeadas por informações ao longo do dia. Dessa forma, deve ser relevante, breve e objetivo. Captar a atenção logo no início, criar uma chamada para ação no final.
Criar conteúdo é um desafio e dá trabalho. Logo, tem custo, se não tem tempo ou não tem expertise para criar bons conteúdos, contrate alguém para fazer isso. Há vários profissionais na internet que fazem free lance para produção de conteúdo.
Não se esquecer de ter conteúdo inédito. A estratégia de marketing de conteúdo é você criar coisas relevantes, que as pessoas vejam valor, e dessa forma, relacionem sua marca a conhecimento, gerando confiança e resultando em vendas. (Publicado no Jornal de Piracicaba em 07/09/2016)